
“Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.” (jo 6.27)
Quando falamos em espiritualidade quase sempre pensamos em atmosferas de cânticos, emoções religiosas, orações, incensos, roupas litúrgicas, culto, palmas, etc. Todavia para Jesus espiritualidade era algo além, era algo que se vivia. Era a vida. A vida experimentada no poder do Espírito Santo.
Dentre todas as áreas de nossas vidas, uma que precisamos com urgência máxima rever é nossa realidade profissional. Precisamos experimentar o poder do Espírito Santo em nossas ambiências vocacionais. Seja no escritório, na fábrica, nos tribunais, nas academias, na sala de aula, etc. Ou seja, onde quer que trabalhemos e o que for que fazemos.
Quando pensamos assim, a espiritualidade no ambiente de trabalho nos leva a fazermos a seguinte pergunta. Porque eu trabalho? Muitas respostas são possíveis, mas a mais comum é dizermos que trabalhamos porque precisamos viver. Esta resposta não está de todo errada, o problema dela é que é uma resposta impessoal e despersonalizante. Além disto, deixa de observar o que Jesus nos ensinou, “trabalhai não pela comida que perece”. Jesus via no trabalho algo a mais do que nós vemos. Trabalhamos para pagar contas, comer, vestir. Jesus se colocava contrário a esta idéia. Não é a toa que estamos tão frustrados com nossas profissões. Não é a toa que não agüentamos mais o tédio e a frustração. Nosso problema não é bem o que estamos fazendo, mas como estamos vivendo o que estamos fazendo. É claro que Jesus sabia que precisávamos comer, beber, morar, etc. Mas ele insiste que este não deve ser o foco. Qual então é o foco que Jesus quer em nosso trabalho? Sua resposta não nos deixa dúvidas. “trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o filho do homem vos dará” O que é que permanece para a vida eterna e nunca morre e pelo qual eu devo trabalhar? É simples. A relação com Deus. Eu trabalho antes de tudo por causa desta relação. Isto significa dizer que eu trabalho para experimentar a Deus em meu ambiente de trabalho. Eu experimento Deus fazendo com afeto o que é bom. Faço assim, porque naquele exato momento estou experimentando sua bondade. Faço o que gera vida. O que aperfeiçoa. O que evolui para melhor. Eu experimento Sua grandeza e beleza e assim minhas mãos ou pensamentos se ajuntam para aperfeiçoar, amadurecer, vender mais e melhor, prestar excelentes serviços aos destinatários de meus produtos.
Trabalhamos para a vida eterna, quando nossa ambiência profissional se faz em um lugar de contemplação de Deus, de adoração. Experimentamos ali seu poder de gerar em nós paciência, amor e serviço. É um espaço de excelência, de relacionamentos, afetos, amizades, evangelização etc. Neste sentido nos alimentamos da comida que não perece, que nos amadurece, e, sobretudo nos faz imensamente feliz. O que sempre permanecerá para a vida eterna é nosso relacionamento com a Trindade e com os irmãos. É por isto que vale a pena viver e morrer por isto. Quanto ao que comer, beber, vestir? Deus cuidará disto. Vamos focar nossos pensamentos no que Jesus falou o mais ele nos acrescentará. Minhas motivações e meus pensamentos devem mudar. O centro de tudo em minha história é a experiência de Deus. A percepção de seu amor por mim, e o exteriorizar isto em meu trabalho. Viver o poder do Espírito Santo em atmosferas quem nem sempre gostamos, é ter o poder de experimentar uma vida alegre e triunfante. A maioria das vezes não é o ambiente ou as pessoas que devem mudar.
Sou eu e meus pensamentos e minha relação com o mundo e com Deus.
Pensemos nisso OK?
Meditação enviada pelo Pastor Marco Antônio de São Paulo
Até +
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